Qual a história e origem do preconceito racial?


Quando houve os primeiros contatos entre conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não houve atritos de origem racial. Os negros e outros povos da África entraram em acordos comerciais com os europeus, que incluíam o comércio de escravos que, naquela época, era uma forma de aumentar o número de trabalhadores numa sociedade e não uma questão racial.

Acredita-se que o surgimento do racismo no Brasil começou no período colonial, quando os portugueses chegaram aqui e tiveram dificuldades em escravizar os primeiros habitantes que haviam em nossa região, os indios. Então usaram os negros para servirem de escravos nos engenhos de cana-de-açúcar, vindos principalmente da região onde atualmente se localizam Nigéria e Angola. Eles possuiam uma ideia errônea de que os negros e os índios eram "raças" inferiores, mais fortes e resistentes e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus. Àqueles que não se submetiam era aplicado o genocídio, que exacerbava os sentimentos racistas.

A Igreja Católica que nesse tempo detinha muito poder, não interviu contra a escravidão, pelo contrário, acreditava que os trazendo da África para o Brasil seria mais fácil cristianizá-los. A idéia do "sangue-puro" também provém desse tempo, em que os nobres de pele pálida com as veias a mostra, se achavam superiores aos de pele escura. Eles acreditavam que existiam seres somente para o trabalho e que eles não tinham alma nem sentimentos.
Várias associações aos negros foram surgindo, e alguns negros acabaram aceitando e se conformando com o destino que supostamente Deus tinha dado a eles. Essa era a concepção que muitos tinham, pelo fato da Igreja e os brancos afirmarem isto.

Os casos mais extremos foram a confinação dos índios em reservas e a introdução de leis para instituir a discriminação, como foram os casos das leis de Jim Crow, nos Estados Unidos da América, e do apartheid na África do Sul.